Um dia assustador no parque
João
Estávamos
no parque para andar de skate, eu e minha mãe o dia estava bom e bem ensolarado.
Chegando
lá, a empolgação me atacou e saí correndo na frente com o skate na mão, mas
nessa primeira corrida esbaforida, apressada, acabei tropeçando e cai.
Logo
que cai, me lembrei de uma coisa que a minha mãe tinha me falado, se ela caísse
um dia, ela havia dito:
- Um
dia se eu cair perto dos outros, eu vou fingir que desmaiei pra passar menos
vergonha.
E nesse
momento, rápido, foi exatamente o que eu fiz: logo que cai, fingi que desmaiei.
Percebi então um grande tumulto, minha mãe saiu correndo para me socorrer e
todos que estavam por perto, se silenciaram e ficaram lá olhando.
- João, João! - minha mãe me chamando.
Eu abri
meu olho, disfarçadamente rindo eu disse:
-Ai
mãe, me quebrei todo.
Foi aí que ela percebeu que eu estava fingindo e que eu estava bem, e ela rindo, porque ela também se lembrou do que tinha falado, me ajudou a levantar e fomos continuar a diversão no parque.
O susto
Isabella C.
Era uma
tarde quente de verão, eu e minha mãe, estávamos nos arrumando pra sair. Eu estava
muito empolgada para buscar meu material escolar, quando de repente:
- Ic,
ic, ic ...
- Tá com
soluço, é? – perguntou minha mãe.
- Que
saco! Eu não suporto soluço... Ic! – falei.
O meu
soluço não parava mais, e era um saco porque quando eu estava no meio de uma
conversa vinha o tal do “ic” de novo. Enfim saímos.
Não
fazia muito tempo que tínhamos saído de casa, quando a minha mãe andou atrás de
mim. Do nada, colocou suas mãos na minha cintura e deu uma apertada, gritando:
- Rá!
Eu dei
um pulo e ao mesmo tempo apareceu um cachorro do nada, latindo e vindo pra cima
da gente.
Levamos
um susto tão grande que o meu soluço passou na hora!
O
cachorro foi embora e no resto da caminhada até a escola minha mãe continuou
dando risada, e eu fiquei tão brava que mal queria olhar pro rosto dela, mas
acabei dando risada também.
Depois
ela concluiu:
- Tá
vendo? No final das contas o susto deu certo!
Estou ocupado
Raul – texto e ilustração
Um
político famoso, por determinadas atitudes, quer dizer um político estava em
sua casa contando um dinheiro de origem duvidosa:
- Um,
dois, dois, na verdade só isso.
Estava
assim, perdido na admiração de suas conquistas quando alguém bateu à porta:
- Quem é?! Não vê que estou ocupado? – respondeu irritado com a interrupção.
- É o carteiro! – gritou a voz por trás da porta.
- Não me interessa! Fora daqui. – respondeu rispidamente preocupado com a quantia que segurava em suas mãos.
- Mas parece uma carta importante! – insistiu o carteiro.
- Sem papo furado, saia daqui agora ou eu chamo a polícia!
- Nossa que sujeito mal humorado! Por isso que eu não queria ser carteiro, queria já estar aposentado, isso sim! Mas o que faço com a carta?
- Jogue fora, não me interessa! Fora!
- Tá
bom! Você que manda!
Minutos
depois o telefone toca, era a tia do tal político:
- Meu
querido sobrinho recebeu sua herança?
- Que herança?! – respondeu o arrependido político percebendo que deveria ter aberto a porta.
A menina aborrecente
Júlia
A porta
abre e a menina se assusta com o grito da mãe:
- Aonde
você vai?
Mal
humorada ela responde:
- Na
minha tia.
- Você
não vai, não!
- Mas, por
que mãe?
- Você
não arrumou o seu quarto e nem lavou a louça.
A
menina com bico, insistindo até ter uma ideia “E seu eu fizer todas as minhas tarefas?” Então ela começou a
arrumar o quarto, depois foi direto para a cozinha lavar a louça. Passou até
pano no chão. Terminando foi até a mãe e disse:
- Mamãe
fiz todas as minhas tarefas! Posso ir na minha tia agora?
- Não
você não fez por vontade própria, fez por interesse. – respondeu a mãe.
- Mas,
mãe ... – ela ainda tentou argumentar.
- Mas,
nada! Você não fez mais do que sua obrigação!
Então a
menina foi para o quarto batendo o pé, e fechou a porta do quarto com um estrondo. Dez minutos depois ela começa a falar
gritando:
- Eu
vou embora dessa casa!... Ninguém me ama! Continua nesse discurso até que a mãe
grita:
- Se eu
ouvir mais um pio, você vai ver!
A menina fazendo manha atrevesse:
- Piu!
A mãe vai até o quarto, com o rosto sério, daqueles que chega a
gelar a espinha da menina e com uma voz firme e decidida, decreta:
- Você está de castigo: sem
celular , sem TV, sem sair de casa!
A
menina ainda tenta suplicar:
- Eu
prometo não vou nunca mais te desrespeitar.
Sem
chance! Ficou o resto da semana sem sair do quarto, com muito tempo para pensar
como uma palavrinha tão pequena, de três letrinhas pode causar tanto prejuízo.
Castigo sem intenção
Diego
Minha irmã e uma amiga estavam
em casa, e quando meus pais saíram resolveram fazer uma surpresa para eles:
- Vamos deixar a casa limpa? –
sugeriu minha irmã.
- Vamos! – concordou a amiga.
Enquanto as duas trabalhavam na limpeza,
uma delas resolveu colocar um produto para limpar a TV, e quando passaram na
parte cima, puf, a tv queimou.
Desesperadas tiveram a ideia de
cobrir a parte de cima com um pano, como se ninguém fosse suspeitar.
Quando minha mãe chegou logo
percebeu que tinha algo errado, não sei se foi a cara que elas fizeram tentando
disfarçar ou se minha mãe tinha poderes telepáticos.
E minha mãe começou a “inspeção”
da casa em busca do que estava errado. Olha daqui, olha dali, até que ela
chegou na TV e viu o pano, quando ela tirou descobriu a TV, lá estava a arte
das duas.
Minha mãe ficou furiosa e
gritava:
- Nathalia! Você vai apanhar!
Minha mãe ficou muito brava,
elas se explicaram, mas não adiantou e tanto minha irmã quanto a amiga dela –
que é afilhada da minha mãe – ficaram de castigo.
Eu fiquei bem na minha - dentro da barriga da minha mãe - e já aprendendo que no futuro era bom pensar
bem nas ideias mirabolantes!
Pensamentos de uma gata
Giovana
Aqui em casa moramos eu, minha
mãe, meu pai, minha irmã, minhas duas cachorras e minha gata Nala.
Nala é muito fofa, laranja e
branca, com lindos olhos verdes, mas não se deixe enganar ela é danada: sobre
em cima da mesa, da geladeira, toma conta do sofá, anda no meio de nossas
pernas e muito mais.
Quando Nala sai no quintal,
assume ares de rainha e fica provocando as cachorras como quem diz:
- Oi cachorras! Olhem meu andar de rainha. Posso
fazer o que eu bem entender e vou andar neste quintal todo. Quero ver vocês me
tirarem daqui. Não adianta latir alto, nem me cheirar, pois sou linda e
perfumada.
O tempo todo Nala anda atrás de
mim. Se entro no banheiro ela vai junto, deito, lá está Nala esparramada sobre
a cama, ela é amante de espaços e adora se esticar.
Acho que ela pensa que ela é a
dona da casa e nós somos seus empregados. Mia o tempo pedindo comida, parece
que é uma gata que no lugar do estômago tem um saco sem fundo, nunca para de
comer, pensando bem acho que para ela temos cara de ração.
Ah! E quando está com vontade de
brincar? Se esconde quietinha nos cantos e quando passamos ela pula em nossas
pernas e zás!
- Ai que dor!
As vezes quando minha mãe me faz
uma pergunta e eu não respondo ela diz:
- A gata comeu sua língua?
Olho para Nala e tenho certeza
que ela está com cara de quem diz:
- E que culpa tenho eu, se a
humaninha não quer conversar com você? Eu, hein, me deixe fora disso humana!
E sai desfilando com ares de
quem fala:
- Tudo eu nessa casa! Cansei!
Mesmo ela sendo assim todos nós
a amamos muito e ela é meu bebê.
Coelho da Páscoa nada fofinho
Kauã
Eu tinha por volta dos três ou
quatro anos de idade e passava meus dias na creche.
Chegou a Páscoa e as professoras
fizeram uma festinha para as crianças, mas não sei quem teve a brilhante ideia
de se fantasiar de coelhinho para distribuir os ovos.
Acontece que a fantasia era
muito feia, além disso imagina você uma criancinha dar de cara com um coelhão
gigante que parecia saído de um filme de terror.
Resumindo, nenhuma criança
queria chegar perto, foi um chororo coletivo! Uma das crianças começou a chorar
e em um instante todos estavam aos gritos tentando se esconder.
Eu também estava morrendo de
medo, mas a vontade de comer chocolate era bem maior que o meu medo daquele
coelho com cara de chupa cabras.
Fui me esgueirando até que criei
coragem e meti a mão no chocolate que o pavoroso coelho segurava e corri.
Corri tão longe que ninguém me
alcançava, me escondi em um cantinho e só assim consegui comer o chocolate.
A pescaria
Ana
Eu fiquei muito feliz quando a família da minha amiga me convidou para uma pescaria.
Fiquei muito ansiosa porque era uma coisa que eu nunca tinha feito. Eu não sabia se ria ou chorava tamanha era minha emoção.
No dia combinado lá fomos nós e depois
de tudo montado eu com a minha varinha de pesca consegui pegar um peixe e já
estava toda orgulhosa dele, quando o danadinho escapuliu da minha mão e começou
pular pelo chão.
Eu corria e tentava pegá-lo mas
ele era muito rápido e eu já estava ficando desesperada em perder meu primeiro
peixe, quando finalmente consegui agarrá-lo.
Então comecei a gritar:
- Eu peguei um peixe, eu peguei
um peixe!
Mas o que eu não sabia é que nas
pesca devemos ficar quietos para não espantar os peixes dos outros pescadores,
e eu fiz um verdeiro escândalo com meu peixinho fujão.
Não sei se serei convidada
novamente, mas até que o meu dia foi bem legal.
A toalha que eu esqueço
Nicolas
Eu tenho um problema: toda santa
vez quando vou tomar banho eu esqueço de levar a toalha. Estou lá feliz no meu
banho e só na hora de desligar o chuveiro lembro que não trouce a toalha.
Sempre peço para minha mãe
trazer para mim, e sempre minha mãe está ocupada com alguma coisa e acaba
ficando muito nervosa.
Um dia, por exemplo, ela estava
lavando a louça e eu comecei:
- Mãe, mãe ...
- O que foi?
- Esqueci a tolha, traz pra mim,
por favor?
- Estou ocupada e dessa vez não
vou levar, saia daí e vá buscar!
- Mas, mãe eu vou molhar toda a
sala! Na verdade eu não queria sair no frio depois de um banho quentinho e
gostoso, mas realmente molharia tudo no caminho até a tolha.
A ideia de molhar a casa acabou
convencendo minha mãe que foi lá e pegou a toalha pra mim, porém com muita
reclamação de que eu esquecia tudo, que eu deveria prestar atenção nas coisas.
Não passou muito tempo e foi a
vez de minha mãe ir tomar banho, mas adivinhe? Ela esqueceu os chinelos.
- Filho, traz o chinelo pra mãe!
Eu peguei e fui triunfante com
meu discurso:
- Está vendo mãe? Eu esqueço a
tolha, mas você esquece os chinelos!
- É você esquece a tolha todos
os dias! Enquanto eu só esqueci os chinelos uma vez!
Desse jeito ela acabou com meu
discurso e com a minha graça!
Cachorra bagunceira
Isabela P.
Minha cachorra e eu sempre
brincamos no quintal, porque ela é muito bagunceira. Ela é uma cachorra de
porte médio, tem por volta de um ano e a pelagem preta.
Ela está comigo há cinco meses,
quando nós a adotamos era um filhotinho ainda, e eu tinha nove anos. O nome
dela é Moana e eu escolhi esse nome porque achei um nome legal e bonito.
Ela é muito arteira, não pode
ver nada que já quer morder. Ela já comeu quatro ou cinco pares de chinelos e
já até pegou uma toalha de mesa que estava no varal. Ela é assim desde que
chegou, mas acredito que ela vá melhorar com o tempo, porque ela ainda é um
filhote.
Certo dia ela pegou meus
chinelos que estavam em cima do tanque e mordeu e destruiu tudo. Minha mãe
ficou muito brava. Eram chinelos novos e os únicos que eu tinha, minha mãe
gritou:
- Moana! Não pode fazer isso!
Minha mãe me pediu para fazer o
mesmo e brigar com ela também, mas mesmo ela tendo esses comportamentos, não
consigo ficar muito tempo brava com ela, afinal gosto muito dela.
A viagem
Beatriz
Em julho de 2.018, chegavam mais
umas férias escolares e poderíamos passear. Minha família sempre planeja as
viagens juntos, então fomos todos.
Nesse ano eu iria realizar o
grande sonho de conhecer o parque do Beto Carrero World, em Santa Catarina.
Foi uma viagem repleta de
pequenos incidentes muito engraçados: já na ida o segurança do aeroporto cismou
com a minha tia e a fez tirar quase todas as roupas e sapatos para passar pelo
detector de metais.
Bom, continuamos a viagem e
chegamos ao Balneário Camboriú, que é uma cidade turística de Santa Catarina,
com praias e que é a mais próxima do parque.
O hotel era muito legal e eu
logo quis conhecer tudo! Para entrar nos quartos era preciso um cartão magnético
e minha mãe já foi me dizendo:
- Bia, não perde esse cartão se
não temos que pagar pra ter outro!
Toda hora ela me falava isso, e
adivinha? Quem conseguiu perdê-lo foi meu irmão mais velho!
A viagem foi sensacional, mas no
dia de voltarmos pra casa, a neblina não deixou e tivemos que voltar para um
hotel com tudo pago pela companhia aérea e só no dia seguinte pegamos o voo.
Com isso ganhamos mais um dia de
férias e no fim muito bom, mesmo com esses pequenos incidentes.
O dia engraçado
Isaac
Eu sou do tipo que gosta de
fazer rapidinho as tarefas da escola, ou outras tarefas de casa, para logo
ficar livre e poder brincar.
E lá estava eu lavando a louça
quando lembrei que não tinha feito as atividades de Educação Física, lembrei
que eu tinha que gravar um vídeo e comecei a gritar por minha mãe:
- Manhê! Mãee ...
Minha mãe que estava ocupada em
outro cômodo da casa respondeu:
- Oi!
- Eu tenho lição! – respondi na
esperança de parar de lavar a louça.
- Eu sei, mas pode terminar de
lavar a louça.
Lá se foi meu brilhante plano.
Quando tanto eu quanto ela
terminamos nossas tarefas eu já ia sentar no sofá, ela me chama:
- Isaac.
- Oi mãe!
- Vamos fazer a lição.
Chamei minha irmã para ajudar,
pois precisava de alguém para filmar e outra pessoa para segurar a corda. Minha
mãe ficou no celular e veio a minha irmã para segurar a corda.
Mas, sei lá porque minha irmã,
acho que ela não estava de bom humor, puxou a corda tão forte, mas tão forte que parece que eu sai voando. Cai
e bati com força minha bunda no chão, chegou a ficar ardendo, toda dolorida. Levantei
gritando:
- Ai meu Deus!
Minha mãe e minha irmã? Ficaram
dando risadas da minha cara.
O incentivo que veio da dinda
Melissa
Eu sempre fui uma criança
curiosa e que gostava muito de livros e minha madrinha tinha vários, seus
livros faziam parte de coleções, que enchiam meus olhinhos de desejosos de
conhecimentos.
Minha madrinha tinha muitos
livros, leitura é um hábito, e minha madrinha gostava de livros porque podemos
aprender coisas novas, vive momentos imaginários e recria histórias na nossa
cabeça.
Um dia eu estava na casa dela olhando
para aquela coleção, eu tinha mais ou menos seis anos e estava começando a
aprender as primeiras letras,mas ainda não sabia ler direito, então geralmente
escolhia os livros pelas ilustrações da capa.
Depois de muito olhar finalmente
me decidi por um livro e sentei para “ler” no sofá, quando minha madrinha
entrou na sala e perguntou:
- Qual livro você pegou?
- Da formiguinha que fumava . –
respondi
Com ar de espanto minha madrinha respondeu:
- Mas, eu não tenho esse livro – e
já começou a rir.
Quando ela chegou perto e olhou
a capa viu que eu havia escolhido “A Cigarra e a Formiga”.
Eu pensava que era da
formiguinha fumante porque eu associava
a cigarra, um animal que eu não conhecia com o cigarro.
Pegadinhas e sustos
Eloah
Meu irmão adora pregar peças em
todo mundo, mas quando a história é com ele não acha tão engraçado.
Outro dia estava sem ter o que
fazer e vi meu irmão dormindo, fiquei pensando um pouco e lembrei de uma boneca
que eu tenho, que já está bem velhinha e feia.
É daquelas bonecas grandes, com
cabelos longos e arrepiados e grandes olhos castanhos. Eu gosto dessa boneca,
mas ela já está bem maltratada pelo tempo.
Fui pé ante pé e coloquei a
boneca bem do lado do meu irmão, com o rosto bem virado para o rosto dele. Depois
sai e fui para a sala junto com a minha avó, bem quieta como senão tivesse
feito nada. Fiquei só esperando.
Quando ele acordou e viu a boneca levou um
susto tão grande que gritou e jogou a pobre bonequinha na parede.
Então ele veio até a sala
tremendo, não sei se de medo ou de raiva
e gritou:
- Foi você que colocou aquela
boneca lá?
Eu tentando disfarçar o riso disse:
- Você não gosta de fazer
pegadinhas? Se voltou contra você!
Mas não devo ter disfarçado bem,
porque ele saiu bufando de raiva:
- Você vai ver...
Minha avó olhou pra mim com uma
cara tão engraçada que nós duas caímos na risada, no final ele também acabou
não aguentando e rindo junto, afinal ele provou um pouco da própria mania de
pegadinhas.